Blog da Coga

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Um pouco de Clarice

"estou procurando, estou procurando. Estou tentando entender, tentando dar a alguém o que vivi e não sei a que, mas não quero ficar com o que vivi. Não sei o que fazer do que vivi, tenho medo dessa desorganização profunda. Não confio no que me aconteceu. Aconteceu-me alguma coisa que eu, pelo fato de não a saber como viver, vivi uma outra? A isso quereria chamar desorganização, e teria a segurança de me aventurar, porque saberia depois pra onde voltar: para a organização anterior. A isso prefiro chamar desorganização pois não quero em confirmar no que vivi - na confirmação de mim eu perderia o mundo como eu o tinha, e sei que não tenho capacidade para outro".

"Dar a mão a alguém sempre foi o que esperei da alegria. Muitas vezes antes de adormecer - nessa pequena luta por não perder a consciência e entrar no mundo maior - muitas vezes, antes de ter a coragem de ir para a grandeza do sono, finjo que alguém está me dando a mão e então eu vou, vou para a enorme ausência de forma que é o sono. E quando mesmo assim não tenho coragem, então eu sonho".

"Por te falar eu te assustarei e te perderei? mas se eu não falar eu me perderei, e por me perder eu te perderia".

Grande Clarice.

Estes trechos sao do livro A Paixao Segundo G.H. Engracado que meu cérebro funciona mais ou menos desta maneira. Ou melhor, desta maneira.

---- aaaaaaaa que nervoso - eu quero ir pra cozinha mas tem uma coisa lá dentro que já está há hoooooras lá. Eu quero só fazer uma torrada e comer. Só nao estou a fim de small talk ou de ter de fazer caras e bocas. Fome. Se bem que nao muita, como deveria estar.

Bom, mais pensamentos virao. Hoje ainda, com certeza.

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